quinta-feira, 20 de outubro de 2016

"Geração Cola-Cola": Jovens estudantes influenciados pela ideologia de esquerda


Hoje a instituição de ensino onde eu trabalho foi “ocupada” pelos estudantes que dizem não concordar com a PEC 241 que cria um teto para os gastos públicos. Fico impressionado com o imediatismo humano, pois ao olhar para o cenário atual não tentam sequer tentar rever porque estamos chegando a medidas de austeridade tão “agressivas”.

Em fevereiro de 2014, foi publicado pela Revista Exame um artigo chamado: “O aperto é geral: Um estudo mostra que os estados aumentam os gastos acima da receita e cortam investimentos. Era de esperar. A Federação brasileira está cada vez mais fragilizada”.

Um levantamento exclusivo feito pela RC Consultores mostra que, desde 2005 a 2013, os gastos dos estados com despesas correntes – isto é, com pessoal, custeio, juros, dívida e transferência aos municípios saíram de uma média de 85% da receita para 95%. O superávit primário das unidades da Federão vinha piorando a cada ano. “A situação fiscal dos estados é sinal de que a epidemia de descontrole das despesas não atinge só o governo central”, disse Paulo Rabello de Castro, sócio da RC. “A doença está espalhada por toda a Federação”. Brasília, o governo federal, culpou os estados por não terem alcançado a meta de superávit primário de 2013. Era só os estados terem seguido o “bom exemplo” do governo federal em realizar as manobras contábeis, ou seja, “contabilidade criativa” (contabilizar receitas que não existem e deixar de contabilizar gastos públicos) assim o superávit teria alcançado os objetivos pretendidos. Aliás, esta é uma das causas de estarmos vivenciando um tempo de crise como este, veja aqui.

Sei que eu vim de uma família pobre, estudei toda minha vida em escolas públicas com pessoas de diversas raças e classes sociais e fiz muitos amigos. Não fiquei culpando e especulando se um determinado governo pagaria uma bolsa de estudos para me “dar” uma oportunidade de cursar uma graduação, eu trabalhei durante o dia para pagar minha faculdade que cursava a noite.

Porém, o que eu vejo hoje, é uma geração influenciada por este pensamento doentio, da ideologia de esquerda, em que o pobre só tem condições de fazer uma faculdade se "eles", da esquerda, estiverem no poder para “dar” essa oportunidade para eles.

Estes jovens influenciados pela ideologia de esquerda, estudam em universidades estaduais e federais e recebem bolsas para estudar. Para eles o mundo é divido em opressores e oprimidos, onde todos os bons são oprimidos e todos os que discordam são opressores, devendo por isso ser cooptados, silenciados ou eliminados. Para os direitistas ou liberais, aqueles que discordam de suas posições são adversários políticos, não inimigos a ser destruído. Para eles, a democracia é o convívio pacífico de ideias divergente. Mas a mentalidade esquerdista antiliberal é binária: “nós” e “eles”, os “bons” e os “maus”, os revolucionários e os reacionários, a esquerda a e direita.

O esquerdista não vê a política como “a arte do possível”, mas “como um instrumento revolucionário para transformar a sociedade e até mesmo a natureza”.
O esquerdismo não aceita a pluralidade partidária, a alternância de poder ou o dissenso. Toda voz discordante do esquerdismo deve regulada, barrada, proibida quando possível ou ridiculariza e marginalizada (Franklin Ferreira).

A palavra Revolução é caracterizada pelos seguintes aspectos:
  • Violência necessária
  • Remoção completa de cada aspecto do sistema estabelecido
  • Construção de uma ordem social totalmente diferente de acordo com um ideal teórico

Um estudante evangélico deveria saber que a Reforma Protestante do século 16, segue o princípio bíblico de “reforma”, e se opõe a cada um desses três pontos. A reforma enfatiza a necessidade de evitar a violência, tanto no sentido ordinário de arrancar com força física ou psicológica quanto no sentido histórico de arrancar e deslocar a estrutura social.

“Não importa o quanto a nova vida em Jesus Cristo possa ser dramática, ela não busca destruir a estrutura de uma dada situação histórica. Em segundo lugar – e isso é particularmente importante -, ela reconhece que nenhuma ordem social estabelecida é absolutamente corrupta; assim, nenhuma ordem social precisa ser totalmente condenada. E, em terceiro lugar, ela não coloca a sua confiança em planos e concepções da sociedade ideal alcançada por especulação científica ou pseudocientífica. Em vez disso, ela toma a sua situação histórica como ponto de partida, atenta à determinação apostólica: “julgais todas as coisas, retende o que é bom” (1 Ts 5:21)” (Albert M. Wolters)

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A obra da Criação - Parte V


 Em nosso último estudo vimos o que Deus criou no quarto e quinto dia. No quarto dia Deus trouxe à existência os corpos celestes. A maioria dos corpos celestes conhecidos e estudados pela ciência atual, como planetas, as luas, as estrelas, e as galáxias, foram trazidas a existência no quarto dia da criação. Eles não passaram por estágios evolutivos. No quinto dia Deus cria os animais que vivem na água e os animais que voam no ar. Vejamos agora o sexto dia:
6º Dia: “Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez. E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez. Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia” (Gn 1:24-31).
No sexto dia Deus criou os animais terrestres, criou o homem, trouxe os animais para que Adão desse nome a todos eles e ainda criou Eva (Gn 2:19,20). Em seis diferentes ocasiões no relato da criação, Deus declara que sua obra da criação é boa, com o clímax no último dia: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (v:31). O homem é a coroa da criação, o ser mais importante. “De glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste” (Sl 8:5,6). Adão e Eva, como primeiro casal, representavam o início da vida em sociedade; a tarefa deles de cuidar do jardim, a primitiva tarefa da agricultura, representa o início da vida cultural. A responsabilidade do homem era cuidar, guardar e desfrutar da criação. A política, trabalho, educação, artes, lazer, tecnologia, indústria deveriam ser desenvolvidos com os padrões estabelecidos por Deus, conforme o Mandato Cultural em Gênesis 1:28.
Somos informados desde crianças, tanto pelas nossas instituições de ensino quanto pela mídia, que todos os seres humanos evoluíram de um ancestral comum aos chimpanzés e gorilas, que viveu num passado distante de centenas de milhares ou milhões de anos, provavelmente no continente africano. A teoria da evolução humana não é nada mais que uma teoria. Essa teoria não é comprovada cientificamente. E uma teoria somente deixa de ser teoria quando ela for comprovada. O homem foi criado como imagem e semelhança de algo pré-existente: o próprio Deus. A Escritura nos diz que o que distingue o homem dos animais é precisamente a imagem de Deus. Portanto, a imagem de Deus não pode se referir ao corpo do homem nem a sua aparência. Ser a imagem de Deus significa que o homem é uma mente racional, isso significa que ele nos fez com atributos semelhantes aos seus, como justiça, amor, bondade, santidade, porém, o pecado distorceu a semelhança de Deus criada em nós, e somente através de Jesus Cristo podemos voltar até ele e vivermos para a sua glória até o dia da glorificação em Cristo quando ele voltar (Rm 8:17-23). Para que estamos aqui? Para refletirmos quem é Deus!
No próximo estudo aprenderemos sobre a origem das variações genéticas nos seres humanos. Qual seria a cor da pele de Adão e Eva capaz de produzir descendentes com todas as variações de tonalidades de peles encontradas hoje (várias raças)? E quanto tempo Adão poderia ter levado para dar nome a todos os animais domésticos, selvagens e as aves? Até lá!

domingo, 2 de outubro de 2016

Corte de gastos na rede federal de ensino, fomos pegos de surpresa?




Em 29.05.2013 foi publicado pela revista Exame, como também foi notícia em todo país por outros meios de comunicação, um artigo chamado “Sumiu uma Finlândia: mais de meio trilhão de reais em dívidas e gastos do governo está escondido nas contas públicas. É o resultado da tal “Contabilidade Criativa” – e o resultado invisível pode até aumentar”.

Eu, como contador de um órgão público federal, não poderia deixar de dar minha opinião em relação aos cortes de gastos que estamos vivenciando hoje, pois como de costume, para a esquerda
a culpa é sempre do outro, e agora, do governo “golpista”.

Desde 2009, parte das dívidas, dos gastos e das receitas não estavam sendo contabilizadas adequadamente. As manobras contábeis ou “contabilidade criativa” foi uma estratégia do governo do PT para apresentar a nação um relatório que fingia atingir a meta do superávit primário, e o pior, essa estratégia usava dinheiro de instituições financeiras como empréstimos antecipados para pagar suas obrigações. E foi exatamente com esta e outras fundamentações que Janaina Paschoal apresentou o pedido de Impeachment para o Presidente da Câmara dos Deputados Federais do Brasil (Art. 85, inciso V, VI, da Constituição Federal; Art. 32, 36, 38, inciso IV, alínea b, da Lei de Responsabilidade Fiscal, LC 101/2000; Art. 365-A do Código Penal Brasileiro).

Foram contabilizados 48 bilhões de reais em receitas futuras no cálculo do superávit, ou seja, dinheiro que ainda nem existia foi contado como recebido. Outros 63 bilhões de reais, de recursos do PAC, foram somados à economia. Ficaram de fora dívidas de 479 bilhões de reais, o equivalente ao PIB da Finlândia, em repasse do Tesouro Nacional a bancos públicos, em especial ao BNDES.

A despesa que deveria ter sido contabilizada, não foi, e a receita que não deveria ter sido contabilizada, essa sim foi. No papel, as metas do superávit foram cumpridas. A meta do governo era crescer, e isso não importava os meios para se chegar aos objetivos pretendidos.

“O governo acredita que a contabilidade criativa é a saída para ter recursos, investir e fazer o país crescer” (Felipe Salto – Economista da Tendências).

As contas públicas e a política fiscal de nosso país colocoram em total descrédito as regras que deram credibilidade ao país.

Como profissional contábil, não fui pego de surpresa, e já dizia há três anos que esse dia iria chegar, agora é hora de lutarmos contra a corrupção de um Estado que ilude as pessoas e que tem conseguido manipular gestores públicos a seguirem suas ideologias.

Muitos servidores agora estão fazendo movimentos contra as propostas de austeridade do governo atual, o mesmo governo que ajudou a eleger, reeleger e manter o PT há muitos anos na presidência da República.

É certo pagar Reconhecimento de Saberes e Competência (RSC) para servidores que ainda não têm méritos e qualificação para isso? Mas, não é certo um governo propor “notório saber”? O princípio é o mesmo. Uma rede federal que paga seus servidores públicos um "incentivo" sem que estes tenham sequer qualificação para isso, (como é o caso de muitos mestres que recebem como doutores) e ainda recebem remuneração para saírem de licença para promoverem seus estudos de mestrado e doutorado dentro e fora do país, é o mesmo que uma empresa privada, que depende de seus funcionários para se manter ativa, resolvesse enviar seus funcionários para o exterior, bancar seus estudos, pagar um alto salário sem que estes ainda tenham alcançado méritos para isso, pois é um "incentivo", pensar que vai ter algum tipo de lucro ou retorno financeiro no final do mês ou no exercício. Não sou contra o incentivo, sou contra a maneira como ela está sendo beneficiada aos servidores.

Não adianta esconder a sujeira debaixo do tapete, tudo que é sujo e apresentado de forma maquiada e florida pode trazer graves consequências e prejuízos para o futuro, e o futuro chegou. Que tenhamos um mínimo de discernimento para falarmos sobre austeridade neste momento.

"Portanto, não tenham medo deles. Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido.
O que eu lhes digo na escuridão, falem à luz do dia; o que é sussurrado em seus ouvidos, proclamem dos telhados.
(Mateus 10:26,27)

Os heróis se vão e nós também - Juízes 16

Alguém disse que um dia especialmente importante para um filho é aquele no qual ele se dá conta de que seus pais pecam. Da mesma forma com...