segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A obra da Criação - Parte IV




Olá querido leitor, no estudo anterior vimos o que motivou Deus criar o mundo. Também aprendemos sobre o que foi criado nos três primeiros dias. Um resumo dos três primeiros dias seria o seguinte: no primeiro dia Deus cria a luz, no segundo separa as águas e cria o firmamento, no terceiro faz aparecer a porção seca, o oceano e as plantas. Agora tudo está preparado para que haja vida no planeta terra. Vejamos agora os demais dias:
4º Dia: “Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez. Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o quarto dia” (Gn 1:14-19).
No quarto dia Deus trouxe à existência os corpos celestes. O verbo hebraico utilizado nesta passagem foi ‘asah, que significa trazer algo à existência daquilo que já existe, ou seja, Deus está criando algo do que já havia sido criado anteriormente nos três primeiros dias. O elemento químico predominante numa estrela é o hidrogênio que também é o elemento químico predominante na molécula de água (H2O). Em Gênesis 1:2 vemos que já havia água no primeiro dia, ou seja, o elemento químico necessário para a criação (‘asah) das estrelas já existia (Adauto Lourenço – Gênesis 1&2). No primeiro dia o Senhor Deus trouxe à existência a energia manifestada em forma de radiação eletromagnética, a luz visível no espaço sideral, independe de uma estrela. A luz visível e os corpos celestes são duas coisas distintas. A maioria dos corpos celestes conhecidos e estudados pela ciência atual, como planetas, as luas, as estrelas, e as galáxias, foram trazidas a existência no quarto dia da criação. Eles não passaram por estágios evolutivos.
Os corpos celestes foram colocados em posições específicas e estratégicas para o bem do planeta Terra. Um exemplo disso seria a estrela que guiou os magos até Belém, aquela estrela seria um sinal de que o Rei dos Judeus (Jesus) havia nascido (Mt 2:2). Existem três vezes mais estrelas no céu do que os grãos de areia de todas as praias e de todos os desertos do planeta (Dr. Simon Driver; Pieter G. van Dokkum, Charlie Conroy). Essa é a grandeza do Deus Yahweh que reina sobre todo o cosmos descrita de forma tão simples.
5º Dia: “Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus. Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. Houve tarde e manhã, o quinto dia. (Gn 1:20-23).
No quinto dia Deus cria os animais que vivem na água e os animais que voam no ar. É interessante observarmos que o verbo hebraico usado para criar aqui é bara’, que significa trazer algo à existência daquilo que ainda não existe. A água não produziu os animais aquáticos, foi Deus que os trouxe à existência. A vida aquática foi criada na água, ou seja, Deus não os criou de algo que já havia criado anteriormente nos três primeiros dias. O significado correto da palavra hebraica traduzida como “aves” é “criatura que voa”.
A palavra hebraica traduzida por “espécie” significa um tipo básico, o qual seria um organismo cuja forma original seria geneticamente polivalente, capaz de produzir variações. O que isto quer dizer? Que Deus poderia facilmente ter criado um único tipo básico do qual os cães, os lobos, as raposas, os coiotes, os chacais e as hienas teriam sido descendentes. Deus não precisaria ter criado todas as raças de cães que conhecemos hoje. Um único casal variante e proveniente do tipo básico original teria, ao logo do tempo, produzido as demais variações (raças). Em outras palavras, variações genéticas não são evolução! Não estamos falando de um ancestral comum como os evolucionistas propõem. Falaremos mais sobre isso no próximo artigo onde estudaremos o sexto dia, o último dia da criação. Até lá!

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O Batismo Infantil, seu significado e importância



O Batismo assim como a Ceia do Senhor é um sacramento. O Batismo testifica que somos lavados e purificados, e a Ceia que fomos redimidos. A água representa a purificação, o lavamento; o sangue, a satisfação. As duas coisas se encontram em Cristo.
O sacramento é um sinal externo daquilo que o Senhor realiza no nosso interior. O sacramente serve para nos confirmar e fortalecer a nossa fraca fé. É um sinal externo acompanhado da Palavra do Senhor e selado pelo Espírito Santo. Jamais podemos depositar nossa confiança nos sacramentos, nem transferir para eles a glória de Deus, como se eles fossem a causa e a fonte das bênçãos que por meio deles recebemos.
Um exemplo de sacramento no Antigo Testamento seria o fruto da Árvore da Vida que Adão e Eva comiam à vontade no Jardim do Éden até que um dia foram proibidos de comê-lo quando desobedeceram a Deus comendo de um outro fruto da Árvore do conhecimento do Bem e do Mal. Ambos os frutos não continham poder algum, mas possuíam significado e importância.
Há somente uma diferença entre os sacramentos antigos e novos. É que aqueles prefiguravam a Cristo prometido, quando ainda se esperava a sua vinda, ao passo que os novos, os nossos, testificam e assinalam que ele já nos foi dado e manifestado. A igreja evangélica em geral reconhece apenas dois sacramentos instituídos por Cristo para sua igreja: O batismo e a Ceia do Senhor. A Igreja Católica Romana reconhece 7 sacramentos.
No Antigo Testamento o sacramento que antecedeu o Batismo foi a Circuncisão. Este sacramento foi abolido com a vinda de Cristo e o sacramento instituído em seu lugar foi o Batismo. Assim como os frutos da Árvore do conhecimento do bem e do mal e da Árvore da Vida não continham nenhum poder, não devemos pensar que a água do batismo contenha alguma virtude ou poder para nos purificar, regenerar ou renovar. A Circuncisão continha para os antepassados do povo de Deus, a mesma promessa que o Batismo contém, significando e simbolizando a remissão dos seus pecados e mortificação da sua carne, para viverem para a justiça. O Senhor ordenou ao seu povo que ministrasse a circuncisão às crianças. Ele disse expressamente que a Circuncisão ministrada as crianças seria para confirmar sua aliança (Gn 17:12; 21:4). Os filhos dos judeus eram chamados linhagem santa.
A Bíblia não relata no Novo Testamento se os Apóstolos batizaram crianças ou não, porém, o que se deduz é que quando uma família era convertida ao evangelho, toda a casa, incluindo crianças eram batizadas (At 16:15,33; 1 Co 1:16).
O Batismo, assim como foi a Circuncisão, deve ser realizado nos filhos dos pais crentes para confirmarem a aliança e as promessas de misericórdia do Senhor. O Batismo não é uma promessa de salvação, assim como a Circuncisão também não foi. Sabemos que somente o remanescente fiel é que foi salvo do povo de Israel, e hoje também é assim na igreja de Cristo. A Circuncisão, para quem não sabe, era realizada somente em crianças e adultos do sexo masculino. Aqueles então, que apresentam alguma objeção quanto ao batismo infantil, não deveriam batizar as mulheres hoje, já que esse sacramento no AT era realizado somente em homens.
O maior argumento daqueles que fazem objeção ao Batismo infantil está na passagem do evangelho de Marcos 16:16 que diz: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”. Estes alegam que uma criança não pode crer para ser batizada. Então fica subentendido, na objeção dessas pessoas que as crianças que morrerem antes da idade da razão, sem terem sido batizadas, serão condenadas ao inferno. Não faz sentido isso.
Por fim, quero ressaltar que o Batismo infantil não dá margem para o ensinamento de que as crianças devam participar da Ceia do Senhor. A Ceia foi ordenada para aqueles, que tendo passado pela primeira infância, estão aptos a nutrir-se de alimento sólido. A Ceia deve ser comunicada somente aqueles que podem discernir o corpo do Senhor, podem examinar-se e comer, podem anunciar a morte do Senhor. Se as crianças não podem examinar-se, por que haveríamos de submetê-las a juízo e condenação ministrando a elas a Ceia? Como poderiam anunciar a morte do Senhor os bebês, que ainda nem conseguem falar? Há grande diferença entre Batismo e Ceia. A Circuncisão que se ministrava no Antigo Testamento, antes do Batismo, era aplicada aos bebês, mas quando o povo de Deus celebrava a Páscoa, que hoje em seu lugar temos a Ceia, só participavam os filhos capazes de perguntar pelo seu sentido.
Quando vossos filhos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas” (Êx 12:26).
O compromisso que os pais assumem perante a Igreja e o Senhor de educarem seus filhos segundo as promessas da aliança de Deus, de discipliná-los quando necessário e de ensiná-los a amarem a igreja de Cristo, apreciarem sua santidade e a sua Palavra no dia do batismo, é algo precioso, marcante e de grande importância para as famílias cristãs.

Os heróis se vão e nós também - Juízes 16

Alguém disse que um dia especialmente importante para um filho é aquele no qual ele se dá conta de que seus pais pecam. Da mesma forma com...