quinta-feira, 16 de abril de 2015

Conclusão sobre os Dez Mandamentos




“Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3:20)
“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23,24)

Querido leitor, estamos encerrando nossos estudos sobre os Dez Mandamentos e gostaria de expressar minha gratidão ao Senhor e Salvador da minha vida Jesus Cristo, por seu amor incondicional e por sua paciência em me ensinar como viver para sua glória.
Nenhum homem, por si mesmo ou por qualquer graça que receba nesta vida, é capaz de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus, mas diariamente os viola por pensamentos, palavras e obras” (Catecismo Maior de Westminster 149).
“Certo é que tudo quanto há na lei, até mesmo a sua mínima exigência, é por demais elevado e difícil demais para a nossa incapacidade mental. O que fazemos de bom o fazemos unicamente pela graça e pelo poder de Deus” (João Calvino, As Institutas, I, p. 217, 2006).
Precisamos concluir, portanto, que a vontade humana está corrompida e que o homem é totalmente incapaz, por si mesmo, de conhecer a Deus ou de agradá-lo”(Martinho Lutero – Nascido Escravo).
“A utilidade da Lei está em convencer o homem de sua fraqueza e constrangê-lo a solicitar o remédio da graça em Jesus Cristo” (Agostinho).
A Lei é uma justiça perfeita e instrui o homem a viver conforme a pureza de Deus (Lv 11:44,45). O Senhor retratou sua natureza na lei e o seu cumprimento representa na vida do homem a imagem de Deus, pois seu objetivo é unir o homem pela santidade de sua vida a Deus (Dt 11:22; 30:20). Mas existe um problema. O homem pecou, e depois da sua queda ele perdeu seu livre-arbítrio. Todos esses textos bíblicos que estudamos durante meses mostram-nos somente aquilo que Deus requer de nós e o que devemos fazer, porém, não temos a menor capacidade de guardar ou cumprir tais mandamentos, pelo contrário, eles demonstram nossa incapacidade de obedecer (Dt 10:12,13). O propósito da lei é mostrar no que consiste o pecado e o caminho de morte que ele nos conduz (Ez 18:4; Rm 6:23). A Lei é necessária para diagnosticar o grau de nossa enfermidade, e assim buscarmos pelo remédio que se encontra somente na pessoa de Cristo, que nos é revelado através do evangelho (Rm 1:16,17; Ef 1:13). Se podemos obter graça divina mediante o “livre-arbítrio”, então não temos necessidade de Cristo. “A graça é gratuitamente ofertada a quem não merece, nem é digno; não é conquistada por qualquer esforço que o melhor e o mais justo dentre os homens tenha tentado empreender” (Lutero).
O homem sendo instruído na doutrina da lei, é afastado da sua presunção pois a Lei admoesta e repreende o homem por sua injustiça e o faz reconhecer sua fraqueza para abater o seu orgulho e sua arrogância. O cumprimento da santidade visada na lei de Deus consiste em dois artigos: que amemos ao Senhor, o nosso Deus, de todo nosso coração, de toda nossa alma, de toda nossa força e entendimento (1ª Tábua da Lei – I ao IV mandamento), que amemos o nosso próximo como a nós mesmos (2ª Tábua da Lei – V ao X Mandamento), (Dt 6:5; 11:13; Lv 19:18; Mt 22:37-39). Ninguém pode amar o próximo sem que antes passe a ter o temor de Deus, e quem ama o próximo tem cumprido a Lei (Rm 13:8).
Muitas vezes ficamos presos em nossos critérios imaginando que estamos vivendo uma verdadeira justiça, e na verdade estamos vivendo na hipocrisia que é contra a graça de Deus. Passamos a viver de forma egoísta e dura com as pessoas por causa das convicções e observações inventadas por nossas cabeças e quando somos constrangidos a examinar nossa vida pesando-a na balança da lei de Deus é que percebemos que estamos vivendo uma falsa justiça, longe da verdadeira santidade percebendo que aquilo que julgávamos ser puro era na verdade vícios e males do nosso coração. “Você deve crer e pregar o que a Bíblia diz que é a verdade, não o que você gostaria de dizer o que é a verdade” (R.C. Sproul – Eleição Incondicional).
              Podemos concluir que a única forma de sermos libertos da maldição da Lei é morrendo para ela por meio do corpo de Cristo e sendo justificados por Ele pela sua ressurreição (Rm 7:4; Rm 4:25). A Lei é Santa e o seu mandamento é santo, justo e bom! (Rm 7:12) Nós é que somos maus, por isso somos condenados por ela (Rm 3:10). Quando o Senhor nos converte a Ele pelo sangue da cruz de Cristo, começamos a viver em novidade de vida (Rm 6:4), as exigências da Lei serão as mesmas, mas agora pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo seremos capacitados por Ele a cumprir tais ordenanças. Aqueles que foram comprados pelo sangue de Cristo não são livres para fazer o que bem querem e sim escravos daquele que os comprou. Eles devem procurar viver totalmente dependentes de sua graça para fazerem o que é bom (1 Co 7:22).

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