terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Sexto Mandamento



“Não matarás” (Êx 20:13)

Olá querido leitor, estudaremos neste mês um assunto que aparentemente parece ser simples de compreender, e que de fato é mesmo, mas o que precisamos ter em mente é que na Lei de Deus quando se proíbe o mal, ordena-se o bem, que lhe é contrário. Neste mandamento o senso comum dos homens é entender que devemos nos abster de todo desejo de matar ou de causar dano ao nosso semelhante. Porém, é preciso mais do que isso, devemos ajudar a manter a vida do nosso próximo por todos os meios que nos forem possíveis (1Pe 3:8,9; 1Ts 5:14,15; Mt 25:35,36; Pv 31:8,9; Catecismo Maior de Westminster 135, 136). Devemos fazer o possível para conservar a vida do nosso próximo evitando e impedindo tudo que possa vir a lhe prejudicar (CALVINO, As Institutas, I, p. 170, 2006). A palavra do Senhor nos ensina que mesmo que não venhamos a matar alguém, mas em nosso coração reinar o ódio e a ira pelo nosso próximo nosso coração se tornará semelhante como de um assassino (1 Jo 3:15). O ódio nada mais é que a raiva que criou raízes e se fixou. Por exemplo, se a lei do nosso país nos proíbe de cometer o homicídio é certo que seremos punidos pela pena caso viermos infringi-la. Porém, se sentirmos ódio e desejo de matar alguém sem chegarmos a praticar efetivamente o ato não sofreremos pena alguma, pois nenhum legislador mortal é capaz de ver por trás da nossa honestidade externa. Mas, Deus cujos olhos nada está oculto, observa mais a pureza interior do homem do que sua aparência externa (Jr 16:17). Por isso quem se abstêm de derramar sangue não é inocente do crime de homicídio. Pois todo aquele que tiver essa intenção ou conceber algo em seu coração que vá contra o bem do seu próximo, Deus o considera homicida.
Por isso, a finalidade deste mandamento é mostrar que todo ser humano deve preocupar-se com o bem estar do seu próximo e com a preservação da sua vida, pois Deus é o criador de todo gênero humano e somos imagem e semelhança do nosso criador (Gn 1:27; 9:6).
Na visão do reformador João Calvino privar um homem de seu trabalho é o mesmo que tirar-lhe a vida. O Antigo Testamento proíbe, por exemplo, tomar como penhor os instrumentos de trabalho de um homem (Dt 24:6). “Deus proíbe tomar como penhor tudo quanto é necessário aos pobres para ganharem a vida e se manterem. Aquele, pois, que toma como penhor o que sustenta a vida de uma pessoa pobre é cruel, como se arrancasse o pão da boca de um homem esfaimado, até mesmo como se a vida lhe tirasse, por isso que é ela cerceada, se forem suprimidos os meios de seu sustento” (BIÉLER, O pensamento econômico e social de Calvino, p. 498, 2012).
Tirar a própria vida também é proibido neste mandamento. Quando não cuidamos da nossa saúde física também estamos violando este mandamento. O uso imoderado de comida, bebida, trabalho, e qualquer tipo de vício é pecado (Lc 21:34; Rm 13:13; Ec 4:8; Pv 23:20; Pv 25:16; Is 5:11). Este mês foi publicado nos jornais do mundo inteiro o caso da jovem americana Brittany Maynard, de 29 anos, com uma doença grave que marcou a data da sua própria morte.
“A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida” (Pv 12:12). Quando nossas expectativas são adiadas essa situação desesperadora debilita o coração, do qual fluem as energias física, psíquica e espiritual para o restante do corpo. A pessoa quando fica frustrada sofre uma perda de ânimo. Uma vez que seus verdadeiros anseios nunca são satisfeitos, ele cambaleia desesperado. Porém, os desejos dos retos são como comer o fruto da árvore da vida. O fruto dessa árvore revitaliza as energias, renova a coragem para viver e planejar o futuro. A esperança dos retos pode ser adiada por algum tempo, mas seu coração não adoece, pois sabem que o Senhor cumpre suas promessas (Jr 17:8; Ez 37:4-14). Ainda que sejam provados, nunca são decepcionados em sua Fé. “Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo” (Pv 16:24). Jesus disse: “Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5). Jesus é a nossa única razão de viver, então viva para Ele até o seu último suspiro.

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