quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Por que existimos? E para que vivemos? – Parte ll



 Caro leitor, vimos no estudo anterior que, em Cristo, todas as coisas foram criadas, tudo foi criado por meio dele e para ele (Cl 1:16), e que o homem foi feito para o louvor da sua glória (Ef 1:12) e que devemos fazer tudo para a glória de Deus (1 Co 10:31). A glória de Deus independe de qualquer ação humana (At 17:25), pois a glória de Deus é a honra e o esplendor que ele possui desde a eternidade, mas, podemos resplandecer a sua luz, demonstrar a sua glória vivendo uma vida de testemunho real, em obediência e amor ao seu nome.
Neste mês aprenderemos que Deus revela sua verdade não somente pela bíblia, mas também por meio do que chamamos de “revelação natural ou geral”. Ela pode ser percebida por todos os homens. Em Salmos 19 e Romanos 1 encontramos alguns atributos de Deus revelados ao homem através da sua criação, como: a sua glória (Sl 19:1), sua sabedoria (Sl 19:2), sua justiça (Rm 1:18), seu eterno poder (Rm 1:20) e sua divindade (Rm 1:20). Porém esta revelação geral é distorcida pelo homem não regenerado, vejamos: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite” (Sl 19:1,2). “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus (...)” (Rm 1:18-21), “mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1:25).
Quando o apóstolo Paulo esteve na cidade de Atenas, em Atos 17:16-31, seu espírito se revoltou em face da idolatria dominante naquela cidade. Aquela cidade não tinha conhecimento algum das Escrituras, porém eram religiosos. Atenas era o centro filosófico do mundo naquela época. Era um cenário totalmente paganizado. É assim que os homens pagãos respondem à revelação geral, tentam suprimir e distorcer a verdade. Estes homens pagãos, consideram sua multiplicidade de deuses uma virtude, e Paulo apresenta esta virtude como ignorância dos atenienses e os conclama ao arrependimento (Rm 1:30).
Hoje estamos vivendo em uma era de “sincretismo” e “nominalismo cristão”. A mídia está tentando harmonizar todos os tipos de crenças para ligá-las a Cristo. O sincretismo é uma síntese entre a fé cristã e outras religiões, a mensagem bíblica é progressivamente substituída por pressuposições e dogmas não-cristãos. E quando a mensagem bíblica não é transmitida de maneira correta, sendo má compreendida, vemos aí o nominalismo cristão, que são pessoas interessadas pelo evangelho, mas sem verdadeira conversão. A religião falsa é produto do conhecimento pervertido que o homem tem de Deus.
Revelação geral + Pecado = Idolatria (a criação de Deus sendo adorada pelo homem decaído). Este é o impacto causado na vida do homem sem Deus. Ele é incapaz de adorar e servir o Criador, porém, adora e serve a criatura. Prostra-se perante homens e imagens esculpidas por mãos humanas, e retêm a supremacia e preeminência que é devida somente a um Deus, “que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas” (At 17:24) e o seu nome é Jesus. Ele o cabeça da igreja (Cl 1:18).

domingo, 18 de agosto de 2013

Por que existimos? E para que vivemos?



 É muito comum as pessoas se perguntarem por que todas as coisas existem,  por que eu existo ou qual seria o sentido real da sua existência. Todos nós temos dúvidas enquanto nossa existência. Nascemos, crescemos, estudamos, sonhamos em ter uma profissão, encontrar aquela pessoa especial para nos casarmos, sonhamos em ter filhos, vivemos em mundo onde podemos desfrutar e apreciar belas paisagens, a luz do sol, a lua e as estrelas, os oceanos, as montanhas, os animais, mas qual seria a finalidade de tudo isso? A resposta é muito simples, mas penso que até mesmo cristãos não sabem responder, pois, muitos ainda não estão vivendo “Para a Glória de Deus”. Isso mesmo, “[Em Cristo] foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1:16). “Porque dele, e por meio dele, e pare ele são todas as coisas” (Romanos 11:36). “(...) trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das extremidades da terra, a todos os que são chamados pelo meu nome, e os criei para minha glória, e que formei, e fiz” (Isaías 43:6-7). “A fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo” (Efésios 1:12). “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co 10:31).
Quero deixar bem claro que a glória de Deus independe de qualquer ação humana, pois a glória de Deus é a honra e o esplendor que ele possui desde a eternidade, ou seja, a palavra “para” não quer dizer “para sua necessidade” ou “para seu benefício” Deus não “é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” (Atos 17:25). Viver para louvor da sua glória significa viver uma vida de testemunho real, ou seja, uma vida que resplandece sua glória, que demonstra sua glória, que vive para sua glória.
É maravilhoso vivermos para glorificar nosso Senhor. Alguns meses atrás foram publicados neste blog estudos sobre “A natureza humana”, ali aprendemos que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, isso significa que ele nos fez com atributos semelhantes aos seus, como justiça, amor, bondade, santidade, porém, o homem caiu no seu estado de miséria após ter pecado, e hoje através de Jesus Cristo podemos voltar até ele e vivermos para a sua glória até o dia da glorificação em Cristo quando ele voltar (Rm 8:17-23).
Estamos vivendo em uma época de manifestações devido à corrupção do estado. Muitos dizem que o “país acordou”, mas a mudança que todos querem deve partir de dentro para fora, e não de fora para dentro. O que quero dizer é que a essência da corrupção está em nós, eu já disse aqui e volto a dizer, “os políticos são nada menos que o espelho do povo”. Como podemos viver para glorificar a Deus se estamos comprando e vendendo diplomas, passando cheques sem fundo, defraudando, mentindo, sonegando impostos, traindo a esposa o esposo?
Ore, peça a Deus que sua família viva para glorificar a Deus, que seu casamento seja para glória de Deus, que seus filhos sejam criados para glória de Deus. Glorifique a Deus no seu trabalho, na igreja, no seu namoro, espere em Deus pela pessoa certa e seu casamento será uma benção. Glorificar a Deus é responsabilidade moral de todos os seres humanos. Termino este estudo nas palavras do Breve Catecismo de Westminster, “O fim principal do homem é glorificar a Deus e alegrar-se nele para sempre” e nas palavras dos reformadores, “Somente a Deus seja a glória” (soli Deo gloria).

Os heróis se vão e nós também - Juízes 16

Alguém disse que um dia especialmente importante para um filho é aquele no qual ele se dá conta de que seus pais pecam. Da mesma forma com...